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Conversas à Mesa

Pudim de amêndoa

 

 

 

  

Hoje fui buscar a receita deste pudim a um dos meus cadernos de receitas favoritos: o que tem na capa um homem que morreu ao volante de um Porsche no ano do meu nascimento e que foi sempre um dos meus actores favoritos: James Dean. 

  

 

  A Leste do Paraíso, um filme com James Dean, baseado num livro de John Steinbeck e realizado por Elia Kazan 

 

Ingredientes

500 g de açúcar (esta quantidade pode ser reduzida para 400 g)

250 g de amêndoa pelada e ralada

12 gemas + 2 claras

sumo de 1 laranja pequena

1 colher rasa de manteiga

 

 

                                              Dois termómetros

 

 

 

 

  

Aquecer o forno a 160ºC. Introduzir um tabuleiro já com água bem quente para o banho-maria.

 

Unta-se bem uma forma de bolo ou de pudim com manteiga.

 

Deita-se o açúcar num tacho e junta-se 2 dl de água. Mexe-se levemente só para misturar. Leva-se ao lume até fazer ponto de pérola. A melhor forma de saber o ponto de açúcar é usar um termómetro. O ponto de pérola corresponde a 108ºC.

 

Quando o açúcar estiver no ponto, e ainda antes de desligar o lume, junta-se a amêndoa ralada e mexe-se bem.

 

 

 O aspecto do açúcar já com a amêndoa incorporada

 

 

Em seguida, já fora do lume, incorpora-se o sumo de laranja e a manteiga.

 

Deixa-se arrefecer.

 

Entretanto, misturam-se as gemas e as claras com uma faca, como se estivéssemos a cortá-las.

 

Junta-se as gemas à massa morna de amêndoa e sumo de laranja. Deixa-se arrefecer a massa antes de levar ao forno. Deita-se na forma e leva-se ao forno durante cerca de 20 minutos. Quando estiver pronto, o palito deve sair seco. 

 

Deixar arrefecer um pouco antes de desenformar, tendo o cuidado de passar a faca nas bordas porque os pudins às vezes agarram.

 

 

 

 

 

 

 

Este pudim fica tipo quindim, com duas texturas diferentes: em baixo mais de bolo, em cima mais de pudim


A assinatura de Henrique Mouro

 

 

 

   A cozinha do Henrique Mouro tem os pés bem assentes na nossa terra

 

 

  Na véspera de São Pedro comemorou o restaurante Assinatura, do Henrique Mouro, dois aninhos de vida, e que Deus o conserve. O espaço é muito agradável e está-se muito bem sentado nas confortabilíssimas cadeiras bem proporcionadas com as mesas. Gosto imenso do painel que cobre a parede do fundo de ponta a ponta (foto do Mário Cerdeira) e, claro, da mesa do chef onde se pode ver toda a acção da cozinha.

Na nossa mesa éramos todos bloggers e o convívio foi simpático e proveitoso. 

 

 

  A Isabel, do blog Cinco Quartos de Laranja, e o Pedro, do Gastrossexual

 

  Grande defensor dos produtos portugueses, não tivesse ele sido sub-chefe de Aimé Barroyer no Pestana o Henrique não podia deixar passar em claro o S. Pedro e o jantar teve apontamentos engraçados de festa popular. A sardinha não podia faltar nos santos e lá veio ela, não deitada na sua caminha de pão, mas numa deliciosa almofada de xerém de bivalves. Será que esta combinação da sardinha sobre o pão tem ainda origem no costume medieval de servir a carne sobre várias fatias de pão duro (os tranchoirs), numa época em que não se usavam os pratos individuais? Só que, em vez de se deitar o pão aos cães como se fazia nos banquetes, não há melhor que comê-lo já bem enriquecido com os sucos da sardinha. 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 A celebrar a bifana, o prato de carne era uma das melhores peças do porco, a que os espanhóis chamam pluma. Pouco gorda, situa-se na ponta do lombo. Vinha com outro petisco típico desta época, os caracóis, envolvidos em namoro com um saboroso feijãozinho. A fechar a refeição a leve acidez do alperce surgiu sob várias vestes (gelado, leite-creme e desidratado), numa sobremesa adequada a contrariar os eventuais efeitos das iguarias populares.

 


A cozinha do Henrique tem já uma assinatura bem marcada 

 

 

Atenção que para celebrar o segundo aniversário do Assinatura, Henrique Mouro está com uma oferta especial no menu de degustação. Hoje dia 30 ao jantar é a última oportunidade de a aproveitar.