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Conversas à Mesa

Farinheira de Monchique

 

 

 

Garanto-vos que é deliciosa. É uma farinheira feita à base de sangue de porco de raça alentejana e a sua "embalagem" é o pano de lençóis velhos que as mulheres coziam em pequenos sacos. Talvez porque a tripa de porco fosse reservada para outros enchidos. É única em todo o país e vale a pena comprá-la na serra de Monchique. 

 

 

RESTAURANT OF THE FUTURE

No dia 24 de Junho vai haver novo workshop do projecto Restaurant of the Future, ligado à Universidade de Aveiro. Vai ter lugar na Casa da Música, no Porto, e o programa é o que se segue. a participação para todos os profissionais ligados ao sector é gratuita. Basta inscrever-se. Eu vou lá estar como oradora. 

 

 

 

 

Press-Release

18.06.2012

 

Workshop ‘Arquitetura e Restauração‘

 

[Ciclo de Workshops do Projeto ‘Restaurante do Futuro’]

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25 de Junho de 2012, pelas 16:00h

Porto - Casa da Música - Restaurante Casa da Música

 

A inter-relação entre a arquitetura e a restauração vai estar em debate no próximo dia 25 de Junho no Restaurante Casa da Música - Porto, uma iniciativa integrada no ‘Ciclo de Workshops do Projeto Restaurante do Futuro’ organizada pela AHRESP e pela idtour/Universidade de Aveiro.

 

O workshop ‘Arquitetura e Restauração’ tem como objetivo geral refletir e debater a temática da arquitetura e da organização do espaço enquanto fator competitivo e de qualificação dos restaurantes. Qual a evolução arquitetónico, espacial e funcional dos restaurantes em Portugal nos últimos anos? Qual o contributo da arquitetura para o sucesso dos restaurantes? Quais as tendências mais vanguardistas da arquitetura na restauração a nível internacional? Estas e outras questões vão estar em foco nesta iniciativa.

 

Para explorar as problemáticas e as oportunidades decorrentes desta temática, o ‘Projeto Restaurante do Futuro’ convidou os arquitetos Alexandra Castro, Nicola Natali e Carlos Machado, o chef Rui Paula, a escritora Fátima Moura, e o diretor do espaço anfitrião, Luis Rocha. A ‘Casa da Música’ e a ‘Turismo do Porto e Norte de Portugal’ são as entidades anfitriãs convidadas para abrirem a sessão.

 

O workshop destina-se a empresários e profissionais do setor, a arquitetos, a técnicos de turismo, a consultores, e a professores e formadores em turismo e hotelaria. A participação é gratuita e está sujeita a inscrição prévia através dos contactos 234.380.312 ou info@restaurantedofuturo.com, limitada ao nº de lugares disponíveis. Esta iniciativa será transmitida em direto online através da página do Facebook do projeto.

 

 

 

 

 

 

Projeto ‘Restaurante do Futuro’

 

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O ‘Restaurante do Futuro’ é um projecto de investigação e aplicação promovido pela AHRESP - Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, co-financiado pelo Programa Operacional Regional do Norte 'ON.2 – O Novo Norte', e que visa identificar as áreas críticas e os fatores que determinam a competitividade e o sucesso da restauração, conhecer e antecipar as tendências desta atividade no futuro e formular soluções operacionais.

 

A região do Douro foi definida como a área-piloto do projeto, enquanto contributo para a dinamização e modernização do setor e consequentemente para a sua perfeita integração na cadeia de valor do setor do turismo. merecendo por isso o reconhecimento formal da CCDR Norte/Estrutura de Missão do Douro.

 

A execução do projeto está a cargo da idtour – unique solutions, lda, uma empresa spin-off da Universidade de Aveiro para a área do turismo. O ‘Ciclo de Workshops do Projeto Restaurante do Futuro’ está a decorrer em diversos locais do país, os quais são subordinados a temáticas que irão determinar a competitividade do sector da restauração no futuro.

 

Mais informações sobre o workshop e sobre o projeto ‘Restaurante do Futuro’:

www.restaurantedofuturo.com | www.facebook.com/ProjectoRestaurantedoFuturo

 

 

 

 

 

 

 

Workshop ‘Arquitetura e Restauração‘

 

[Ciclo de Workshops do Projeto ‘Restaurante do Futuro’]

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25 de Junho de 2012, Porto

Casa da Música - Restaurante Casa da Música

 

 

                        16:00 – Abertura da Sessão

 

Nuno Azevedo

[Administrador-delegado da Casa da Música]

 

Melchior Moreira

[Presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal]

 

Nuno Fazenda

[Perito-Coordenador da Agenda Regional de Turismo

para o Norte de Portugal da CCDRN]

 

Joaquim Ribeiro

[Presidente do Grupo do Setor do Alojamento da AHRESP]

 

Carlos Costa

[Professor, Diretor do Programa Doutoral em Turismo

da Universidade de Aveiro]

 

16:30 – Painel de Reflexão

 

Moderador

Alexandra Castro

[Arquiteta, Atelier ‘Alexandra Castro| Nicola Natali Arquitetos’]

 

Oradores

16:30 - Fátima Moura

[Escritora, Prémio Literário da Academia Internacional de Gastronomia 2009]

 

16:45 - Carlos Machado

[Arquiteto, Professor na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto]

 

17:00 - Rui Paula

[Empresário e Chef dos Restaurantes DOC e DOP]

 

17:15 - Luis Rocha

[Diretor do Restaurante Casa da Música]

 

17:30m - Nicola Natali

[Arquiteto, Atelier ‘Alexandra Castro| Nicola Natali Arquitetos’]

Oradores:

18:00 – Debate

Cena 1: Kaka em menos de 5 minutos

 

 

 

Hoje começam as Cenas: na terceira sexta-feira do mês proponho-vos transformar um produto vulgaríssimo e fácil de adquirir num prato de gabarito, digno de qualquer mesa, e tudo isto em menos de nada. Mas já vão perceber como isto funciona  com esta primeira cena. Peço desculpa, mas chama-se mesmo Kaka de nome próprio e CHOKLADTRYFFEL de apelido. É um bolo de chocolate que se compra congelado no Ikea e que se pode ter sempre à mão (3,99 euros). A receita completa-se com menos de uma mão-cheia de ingredientes. O resultado final obtém-se em 5 minutos (ou menos para mãos mais treinadas…) e consiste numa óptima e bonita sobremesa que conjuga dois sabores clássicos: chocolate e laranja.

 

 

 

 

 

 

 

Para 4 pessoas

 

Ingredientes

 

 

 

1 bolo KAKA CHOKLADTRYFFEL do IKEA (ver aqui)

 

1 pacote de natas frescas

 

1 ou 2 colheres de sopa de açúcar de confeiteiro (icing sugar)

 

12 amêndoas caramelizadas (ou nozes, ou avelãs) para triturar, mais 8 inteiras para enfeitar

 

8 rodelas de laranja desidratadas

 

raspa de meia laranja


 

 

 

  

 

 

 

 

Maneira de fazer

1 Triture as amêndoas caramelizadas (usei o moinho de café).

2 Bata as natas. Junte o açúcar a gosto e a raspa de laranja a gosto também.

3 Com um cortador alto a seu gosto, corte o bolo de chocolate ainda quase congelado.

4 Passe as rodelas de bolo no praliné triturado.

5 Disponha no prato como quiser, mas não se esqueça das rodelas de laranja e de juntar umas amêndoas inteiras.



 

Os tetés a 62ºC

 

Foto de Sous vide for the Home Cook de Douglas E Baldwin

 

As coisas da restauração costumam seguir modas. Por esta altura, uma dessas modas cá na terra é o teté a 62ºC.

Adoro ovos e gosto de os comer de todas as maneiras e feitios. Embora a minha preferência vá para uns bons ovos estrelados, não os desdenho bem mexidos, em omeletes ou cocotte, cozidos, verdes, escalfados, em gemadas com vinho do porto e por aí fora. Lembro-me até hoje de uns ovos estrelados com açúcar que comi em casa de uns tios transmontanos, à revelia da minha mãe, e cujas gemas gulosamente embebi em pãozinho alvo. Para além disso, leio tudo sobre ovos, tento fazer a omelete perfeita e polemizo a questão do azeite versus manteiga nos ovos estrelados. Enfim, que não fiquem dúvidas de que gosto de ovos.

Agora o que me custa é engolir a presença constante destes ovos nos menus de degustação, por vezes até entre o peixe e a carne, só porque são cozinhados a 62ºC durante 45 minutos. Esta é a temperatura a partir da qual a clara coagula, enquanto a gema só começa a deixar de estar líquida depois dos 68ºC. Logo, se queremos o ovo perfeito, teremos de manter esta temperatura constante ao longo da cozedura.  Em 2007, Quique Dacosta tinha no menu uma Galinha dos Ovos de Ouro com este ovo. Entre nós, José Avillez (Belcanto) faz também A Horta da Galinha dos Ovos d’Ouro, Vítor Matos (Casa da Calçada) acompanha-o com presunto espargos e cogumelos e Ricardo Costa (Yeatman) usa-o numa recriação das ervilhas com ovos. Todos eles óptimos pratos.

Porém, não queremos comer ovinhos a todas as refeições. Por favor não abusem, deixem lá os tetés a 62º para outras ocasiões.