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Conversas à Mesa

Cenas 2 : Salada de camarão com molho de frigideira

 

Muito colorida, esta salada resulta de uma montagem de vários elementos que se compram em pacotes ou sacos. Faz-se em 7 minutos e só tem um segredo: aproveita-se o molho de saltear o camarão para a temperar. Não fica gordurosa e o sabor intensifica-se. Foi hoje o que resultou da minha busca pelo frigorífico quase vazio para o meu almoço. 

 

 



Ingredientes

1 embalagem de camarão gigante Pescanova congelado

1 1 boa colher de sopa de manteiga

sumo de limão

embalagem de salada Aromática da Vitacress

1 embalagem de tomate-cereja, cortado ao meio

uns tantos amendoins

queijo para saladas ou queijo feta em quadradinhos, a gosto



Maneira de fazer


1 Deixe descongelar bem o camarão dentro da embalagem. Escorra-o e seque-o em papel de cozinha. Junte sal grosso.

2 Aqueça a manteiga numa frigideira. Quando começar a espumar, junte os camarões e salteie durante cerca de 4 minutos, ou até estarem no ponto desejado (ainda bem firmes). Junte umas gotas de sumo de limão. Corte-os ao meio.

3 Deite o molho numa tigela e deixe arrefecer. Junte azeite e vinagre, batendo com as varas.

4 Numa taça grande, coloque as folhas de salada e cubra com o queijo, o amendoim, o tomate e o camarão. Regue com o molho frio, mexa bem para envolver e sirva de imediato.

 

 

O Lúria, ou o aproveitamento de novas técnicas ao serviço da tradição

 

O sável frito com açorda de ovas do mesmo


Há muitos anos que frequento o Lúria, mas geralmente como alternativa ao Chico Elias. Neste momento, é precisamente o contrário, e por duas razões. Uma é a infortunada baixa de qualidade do Chico Elias; a outra prende-se com a subida do Lúria, que fez recentemente obras que tornaram mais agradável e luminosa a casa de jantar. Mas não nos ficamos por aqui.

 

 Um dos famosíssimos tabuleiros de Tomar encontra-se à porta do restaurante



 

Fátima Antunes cozinha no Lúria há cerca de trinta anos, desde que, juntamente com o marido na parte da sala, deram início ao restaurante situado na Portela de S. Pedro, perto de Tomar. Recentemente, o Lúria ganhou um reforço quando a filha do casal acabou o curso de hotelaria e trouxe algumas novidades para a cozinha.



 

Fátima Antunes, cozinheira-proprietária


 

A compra de abatedores de temperatura e o domínio da conservação no vácuo e de outras tecnicas e aparelhos permitiram-lhes continuar a apresentar alguns produtos em perfeitas condições para além da sua época natural. É o caso das silarcas, servidas em açorda, e das ovas de sável, na mesma confecção. É indubitavelmente este o caminho do futuro que a família Antunes parece saber trilhar: manter a tradição, mas tratá-lá com todos os avanços que as novas técnicas permitem. 


 

 A Patrícia, filha do casal de proprietários, cresceu no meio...

 

 

 

O Lúria tem ainda uma mais-valia de que, infelizmente, carece grande parte dos nossos restaurantes, sejam eles tascas ou vanguardas, a saber um serviço esmerado. Apesar de desusada, todos nós sabemos o que significa esta palavra: conhecimento do que se está a fazer e simpatia sem familiaridade. Quer o patrão, o Sr. Francisco, quer o seu colaborador, revelaram-se excelentes profissionais.

Já tenho restaurante quando passo em Tomar. 


New York Downtown 1



 

 

A pé da 30 à 14, ao longo da linha de comboio

 

 

Hoje vamos para a parte baixa de Nova Iorque e começo por vos propor um passio muito original, que termina com uma experiência de street food.

Por uma questão de comodidade e de segurança rodoviária, os comboios de mercadorias que atravessavam Manhattan passaram a circular numa linha elevada, a High Line, que seguia ao longo da 10th av. Ao fim de longos anos da linha desactivada, a cidade resolveu transformá-la num passeio pedestre rodeado por farta vegetação que reproduz as espécies endógenas da região antes do povoamento. Apesar de a temperatura ser de 39ºC, resolvi trilhar este caminho e a experiência foi extremamente gratificante. Recomendo esta passeata a quem lá vá, com frio ou com calor: é uma coisa completamente diferente daquilo a que estamos habituados.

 

 

 

O início da linha na 33th st com a 10th av. a estrura de ferro mantém-se linda.

 

O caminho faz-se sempre no meio da vegetação e cheira a lúcia-lima

Foi na 30th street que subi a velha e belíssima estrutura férrea eifelliana para começar a minha caminhada até à 14 th st, fazendo todo o troço recuperado. Não se dá pelo tempo durante o percurso, feito à altura do segundo andar dos predios, porque há sempre qualquer distracção. Esta zona, que estava muito degradada e desvalorizada, está a ser progressivamente recuperada e o seu valor imobiliário subiu em flecha. Os moradores enfeitam as suas janelas e paredes exteriores e transformam os seus pátios em instalações. Por todo o lado, há vasos de flores e de plantas verdes, esculturas e pinturas, para além das instalações de arte pertencentes à High Line. 
Uma instalação curiosa num jardim: o Zoo da High Line

 

 

 Mais uma escultura e os moderníssimos prédios que estão a nascer nesta zona 

 

 

 

 

No fim, perto da 14 th st, o espaço alarga-se para acolher uma zona de street food, uma esplanada com sombras e mesas e diversas espreguiçadeiras. Deliciosamente refrescante, o espaço onde brota água do chão e onde podemos andar descalços.

 

Aqui a street food é de melhor nível e mais cara do que a dos carrinhos de rua. Há cahorros, hambúrgueres, sanduíches e outras ofertas que não me tentaram. Fiquei-me pelos picolés com sabores modernaços: pêssego com hortelã. Só veio confirmar o que penso da nova street food: não vale a pena e é cara. Mas voltaremos a

este assunto.

 

 

 

Nada desta nova street food me pareceu interessante. O picolé de pêssego e hortelã era demasiado doce. 

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