À transparência do gelo
Cada vez se vêm mais restaurantes com bares adstritos, sobretudo nos países anglo-saxões. Desta forma, o cliente pode passar uma noite inteira sem sair do mesmo sítio. Ganha o restaurante que recebe mais dinheiro e o cliente que poupa em deslocações e despesas adicionais.
O bar serve para tomar o aperitivo antes do jantar, enquanto se aguarda mesa, por exemplo, mas também para tomar o café e os digestivos depois ou simplesmente para cocktails. Um dos bares que mais gosto é o do Pollen Street Social, em Londres (aqui nas fotos).
Uma das coisas que mais aprecio num bar é ver um lindíssimo e transparentíssimo bloco de gelo, do qual o barman vai retirando pedaços com uma serra ou um picador.
O contraste desta ausência de cor com a profusão das cores das bebidas faz quase lembrar uma instalação.
O gelo não serve apenas para refrescar as bebidas, senão elas estariam no frio. A adição da água proveniente do seu lento derretimento transforma as bases alcoólicas numa bebida diferente, conferindo-lhes suavidade e ligeireza. Dito isto, percebe-se de imediato que é essencial que o gelo seja feito com a melhor água, sem químicos nem corpos estranhos.
Qual a vantagem de usar um bloco em vez de cubos? A velocidade a que os pedaços de gelo retirados do bloco derretem é menor e a diluição das bebidas faz-se de forma gradual e equilibrada. Por outro lado e sempre interessante ver o barman a “esculpir” os pedaços de gelo que vai retirando do bloco. Alguns conseguem dar-lhes a forma de bola, ideal para as bebidas.
A bola de gelo japonesa (ver http://www.japantrendshop.com/ice-ball-mold-for-perfect-ice-spheres-p-244.html)