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Conversas à Mesa

Cenas na Mercearia Criativa

 

Este mês fui até à Mercearia Criativa para me encontrar com o Carlos Moura-Carvalho e prepararmos juntos não um, mas dois pratos deliciosos e fáceis, e, ao mesmo tempo, para vos dar a conhecer alguns dos bons produtos que lá pude encontrar. A mercearia é também um agradável local para se almoçar, lanchar ou petiscar. Abriu em 2010, com o objectivo de tornar acessíveis alguns produtos, todos portugueses, de grande qualidade e provenientes de pequenos produtores. Na grande maioria são biológicos, artesanais e sustentáveis. 



 

 

 

 

 

O Carlos é “advogado por profissão e merceeiro por opção” nas suas próprias palavras. É ele quem escolhe os produtos para a mercearia, baseando-se no critério que ele acha mais fiável: o seu próprio gosto. É também o Carlos que cria os petiscos que se podem comer ao longo do dia, no interior ou na esplanada. A decoração está muito leve, com grandes móveis-mercearia onde os produtos se encontram expostos. Na cave encontra-se uma sala dedicada ao vinho, no centro da qual uma grande mesa serve para provas. Há também legumes frescos, diversas variedades de batata e de pão. Hoje encontrei acelgas, tomilho-limão, alho-francês, pâtissons, tudo biológico.

Preparámos uma entrada de muxama de atum, do Sr. Dâmaso, de Vila Real de Santo António, e uma sobremesa com um gelado IceGourmet de eucalitpo, do Bertílio Gomes, tudo em menos de sete minutos. Aqui vão as indicações. Está tudo à venda na Mercearia. Foi uma manhã muito divertida.



Muxama de atum com figo

1 embalagem de muxama de atum, cortada em fatias muito finas

1 frasco de pickles de figo

Pão da Maçussa cozido em forno de lenha

Algumas folhas de mizuna biológica da Moita do Ribatejo

Azeite e orégãos

 

1 Tempere o atum com azeite e orégãos. Corte o pão em fatias fininhas à medida das de muxama e torre-o. Pique 1 figo em quadradinhos.

2 Disponha o figo num rectângulo do tamanho de uma fatia de muxama e cubra com a muxama. Regue com um pouco do azeite com orégãos.

Ao lado disponha o pão, regue com azeite, cubra com uma fatia de muxama, outra fatia de pão regada com azeite e termine com a muxama.

3 Enfeite com a mizuna temperada com azeite.







 

 

 Gelado de eucalipto com bolinho de limão

 

Gelado de eucalitpo

Bolinho de limão da Mercearia

Folhinhas de tomilho limão

 

Faça uma bola de gelado e coloque o bolinho ao lado. Enfeite com o tomilho-limão.


 

 


 

Hortas urbanas

Horta urbana com milho, pimentos, malaguetas e um girassol para ajardinar. na varanda de trás, couve galega. Tudo ajuda. Desde sempre que me lembro de ver as hortas ao longo da CRIL, com os canos dos pluviais totalmente fechados com armários de ferramentas e carrinhos de mão. Um país de agricultores.

Falsa charlotte de chocolate

Muito simples esta receita de uma charlotte que o não é senão na aparência.


Ingredientes


Para os palitos

500 g de palitos de la reine

3 colheres de sopa de açúcar

rum a  gosto


Para a mousse

200 g de chocolate com, no mínimo, 60% de cacau

1 colher de sopa de manteiga (de preferência sem sal)

8 ovos

3 a 6 colheres de sopa de açúcar fino

4 folhas de gelatina grandes



    1  Comece por fazer uma calda rala com o açúcar e 1 chávena de água. Leve a ferver durante 3 a 4 minutos.  Junte o rum no último minuto. Enquanto a calda ainda está quente, mas não a ferver, vá molhando muito ao de leve os palitos e forre a forma toda, incluindo o fundo (este não vai ficar à vista). Se os palitos forem muito altos, corte-lhes as pontas, usando sempre o mesmo para medida.
2 Faça a mousse de chocolate. Derreta o chocolate e a manteiga no microondas cerca de 1 minuto. Tenha muito cuidado, vá vigiando, para não secar. Lembre-se que o chocolate continua a derreter depois de sair do microondas. Deixe arrefecer. Bata muito bem as gemas com o açúcar na batedeira. Se não tiver açúcar fino, triture o normal na Bimby ou no 123. Junto o chocolate frio e as claras em castelo e envolva.


     3 Lave as folhas de gelatina e leve-as a derreter no microondas com a água que ficou agarrada durante cerca de 10 segundos. Incorpore-as na mousse de chocolate e deite na forma. Leve ao frigorífico para endurecer. Retire o anel e sirva com chantilly se gostar.
Se o doce for para crianças, omita o rum e molhe os palitos na calda simples ou aromatizada com sumo de laranja.

 

À transparência do gelo

 

Cada vez se vêm mais restaurantes com bares adstritos, sobretudo nos países anglo-saxões. Desta forma, o cliente pode passar uma noite inteira sem sair do mesmo sítio. Ganha o restaurante que recebe mais dinheiro e o cliente que poupa em deslocações e despesas adicionais.

O bar serve para tomar o aperitivo antes do jantar, enquanto se aguarda mesa, por exemplo, mas também para tomar o café e os digestivos depois ou simplesmente para cocktails. Um dos bares que mais gosto é o do Pollen Street Social, em Londres (aqui nas fotos).

Uma das coisas que mais aprecio num bar é ver um lindíssimo e transparentíssimo bloco de gelo, do qual o barman vai retirando pedaços com uma serra ou um picador. 

 

 

O contraste desta ausência de cor com a profusão das cores das bebidas faz quase lembrar uma instalação.

O gelo não serve apenas para refrescar as bebidas, senão elas estariam no frio. A adição da água proveniente do seu lento derretimento transforma as bases alcoólicas numa bebida diferente, conferindo-lhes suavidade e ligeireza. Dito isto, percebe-se de imediato que é essencial que o gelo seja feito com a melhor água, sem químicos nem corpos estranhos.


 

 

 

Qual a vantagem de usar um bloco em vez de cubos? A velocidade a que os pedaços de gelo retirados do bloco derretem é menor e a diluição das bebidas faz-se de forma gradual e equilibrada. Por outro lado e sempre interessante ver o barman a “esculpir” os pedaços de gelo que vai retirando do bloco. Alguns conseguem dar-lhes a forma de bola, ideal para as bebidas. 




 

A bola de gelo japonesa (ver http://www.japantrendshop.com/ice-ball-mold-for-perfect-ice-spheres-p-244.html)