ESTAMOS NA ÉPOCA DO TOMATE
Passei o Verão dos meus 18 anos a aprender alemão em Innsbruck, uma lindíssima cidade austríaca. Estava albergada em casa de um casal já de uma certa idade. Ela era uma mãezoca. Ele impunha respeito. Tinha combatido pelos alemães, claro, na Segunda Guerra e perderá uma perna. Porém, fazia a vida normal e deslocava-se para todo o lado de bicicleta. A minha vida era o paraíso. Passeava-me pela Áustria num Fiat 500 de um colega da escola. Fazíamos questão de ir regularmente a Salzburgo ver as toiletes à entrada da Ópera (nunca conseguimos bilhete para nenhuma...) acabávamos a beber café vienense com a coroa de natas e a comer Mozartkugeln, umas bolas de chocolate com massapão de pistácio.
Em casa o jantar era sempre igual, todas as noites: tomate cortado em gomos com tiras de queijo. Nunca me cansei. Hoje, munida de uns bons tomates apanhados na horta da Quinta da Granja, no Bombarral, resolvi reviver esses jantares. Aqui está a foto. Quando o tomate é bom, está na época e é de chão, gosto de o comer sem nada. Nada mesmo, nem sal nem azeite. Hoje juntei-lhe dois queijos, um Gouda ( os holandeses dizem "Rrruda" e um Manchego. À vossa...