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Conversas à Mesa

COMERES DA VINDIMA EM PENELA

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Para quem se encontre na zona Centro, um fim de semana em torno da gastronomia da zona. Dia 24, um jantar dos Endógenos, com uma surpresa que estou ansiosa por provar: o grão-de-bico preto. na cozinha estará a Dona Minda, a cozinheira do restaurante anfitrião, o D. sesnando, uma referência na zona, e António Alexandre, um dos dinamizadores do projecto.  Presentes também outros produtos da região, como o queijo Rabaçal, os chícharos e o cabrito. O jantar terá seis pratos e o custo de 30 euros, que inclui a particpação no dia seguinte na festa das vindimas na aldeia de Chança.

 

para reservar use o email  endogenos@nunonobre.com.

 

FRANCESINHA: FAST FOOD TRIPEIRA

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Nunca tinha experimentado uma francesinha e, confesso, nada nela me atraía. Não é uma sandes, porque não é adequada para comer à mão, dado a envolvência viscosa e a incontornável presença do molho, será antes um prato, uma vez que se come de faca e garfo. O seu antepassado poderá ter sido o croque madame (o que tem o ovo estrelado), no qual se terá inspirado um tal Sr. Daniel Silva, emigrado em França nos anos 50. Regressado à terra, foi trabalhar no restaurante Regaleira, onde começou a fazer a francesinha. Para lhe dar um ar ainda mais portuense e para a tornar diferente, juntaram-lhe um molho mais ou menos picante.

 

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A francesinha tornou-se um fenómeno de popularidade da fast food portuense, sendo assim que deve ser encarada. Uma espécie de hamburguer tripeiro. Será completamente deslocado eleger a francesinha como um ex-libris da cozinha do Porto, que inclui pratos riquíssimos e sem qualquer tipo de comparação com ela.

 

Analisemos então a francesinha enquanto fast food. Para começar não é propriamente barata, situando-se as melhorzinhas entre os 8 e os 12 euros. A sua composição é, por definção, à base de produtos de pouca qualidade. O pão é básico: fatias de pão de forma, industrial na maioria das vezes. Depois há a secção das carnes: fiambre (muitas vezes fiambrino, um aglomerado de restos de carnes e gorduras) mortadela, salsicha e carne assada fatiada ou, nas de melhores famílias, um bifinho da vazia ou do lombo. A enclausurar este gangue de delícias, faz-se uma gaiola de fatias de queijo flamengo e leva-se ao forno a derreter. Como opção, pode ainda juntar-se a este arraial de carnunças um ovo estrelado. Isto é mais ou menos igual em todo o lado, o que difere é o tipo de molho, mais ou menos gorduroso, tomatoso e picante.

 

Pois foi na minha recente ida ao Porto que uns amigos me convenceram a provar uma francesinha. Segundo me disseram, uma das melhores do Porto, com o molho mais equilibrado. As minhas impressões? Acho que pode ser melhorada se forem usados produtos de mais qualidade. Um bom pão, com alguma textura que ofereça resistência ao dente, um bom queijo que derreta bem de modo a que saia do forno bem tostado com aquelas belas bolhas castanhas, o ovo mal passado lá em cima, enquanto cá em baixo se podia melhorar a qualidade das carnes, que nunca o fiambrino ou a mortadela. Deixem-me dizer-lhes que a francesinha não ficaria mal vista num dos programas do Guy Fieri. Só lhe falta o açúcar mascavado. Para já, é um bom e original exemplo do fast food portuense, sendo bem compreensível a paixão que na Invicta desperta.

 

A minha primeira francesinha foi comida no LADO B, que também serve outros pratos, como estes deliciosos naquinhos de vitela com grelos e batata, e representa no Porto o Melhor Bolo de Chocolate do Mundo.

 

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RENDIDA À SANDES DA ADEGA BRASEIRA

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 Estando no Porto em trabalho, a conselho de um bom amigo fui, ao fim da tarde, à Adega Braseira, experimentar a famosa sandes de presunto de Chaves (será mais propriamente do Barroso) e ovo estrelado. Fiquei apaixonada. O presunto está cortado com uma certa espessura que o torna bem português, mas a cura não é a típica transmontana. O pão é super, de mistura de trigo e centeio, e o ovo no ponto perfeito. Nunca mais vou conseguir ir ao Porto sem passar na Adega Braseira para me deliciar com uma, isso é mais que certo. A não perder, um pires de paio do cachaço (a copita espanhola), na minha opinião bem melhor do que o paio do lombo, acompanhado com o mesmo pão. para beber, se quiser provar uma casta nortenha, peça um copo de espadal, ou espadeiro, de cor rosada (se quiser saber mais sobre o espadal, o Raul Moreira explica tudo aqui (http://correio-mor.blogspot.pt/2014/08/o-que-e-um-vinho-de-espadeiro.html).

 

 

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Um magnífico paio do  cachaço

 

 

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Parabéns aos Srs. Armando e Sr. José, os simpáticos proprietários.

 

Adega Braseira (mesmo em frente à estação)

Estação de São Mamede 100, 4465-128

São Mamede de Infesta

Telefone 22 901 0135

 

BOM DIA MATOSINHOS

  

Por razões de trabalho, tive de me deslocar dois dias ao Porto. O relato de alguns locais que visitei e onde comi vai ficando aqui no blog em vários posts.

A praça de Matosinhos ainda é à séria. A parte do peixe é constituída por muitas bancas, onde alternam diversas espécies de peixe, mais do que é habitual ver-se, na maioria provenientes de pesca artesanal. É o que a rede ou a linha trouxe. Aqui se abastecem muitos restaurantes do Porto.

Dá gosto ver a parte da criação. Galinhas pica no chão e para cabidelas, galos de crista empinada e até as galinhas pretas usadas nas festas do pau de fileira, para dar sorte às novas casas. Codornizes, patos e coelhos completam a colecção da Ana Maria, que simpaticamente nos aponta as qualidades de cada bicharoco.

A secção dos frescos é riquíssima. Trouxe de lá uns incríveis pêssegos de roer rosa, tão difíceis de encontrar e tão sumarentos e doces.

 

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Em Matosinhos há hoje imensos restaurantes, sobretudo dedicados ao peixe, mas eu levava saudades do Gaveto, onde já diversas vezes comi óptima lampreia, e não me arrependi.

Para começar, uns percebes bons e bem cozidos seguidos de uns fantásticos filetes de pescada com salada russa e de uns rojões feitos a preceito. Para rematar, um fresquíssimo pão-de-ló de Ovar.

 

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O Gaveto

Rua Roberto Ivens, 826

4450-249 Matosinhos - Portugal

 

Telefone 229 378 796

 

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