POUCA SORTE NA TASQUINHA DO OLIVEIRA?
De há uns tempo para cá, tenho tido experiências menos boas no Alentejo, sobretudo em Évora. A última foi na Tasquinha do Oliveira, onde, confesso, nunca esperei sair desiludida. Depois de muitos telefonemas sem resposta, conseguimos marcar mesa para o almoço neste pequeno restaurante com capacidade para pouco mais de uma dúzia de pessoas. Na sala, o marido, na cozinha, a mulher, uma combinação habitualmente triunfante.
À hora certa sentámo-nos os 3 à mesa, onde já se encontravam muitos pratinhos de entradas e petiscos. Como já lá estavam, há sempre o embaraço de mandar qualquer coisa embora quando há um que convida. Assim acabámos por ir comendo daqui e dali. A saber, fatias de paio, salgadadíssimas, assim como o queijo de ovelha, um cru de bacalhau com azeite e pimenta-rosa (agradável), ovos verdes (bons), costeletas de borrego (belissimamente panadas), pataniscas (oleosas e com demasiada renda de polme frito nas bordas), casquinha de sapateira (bem) e uma empada de perdiz (regular). Em seguida, vieram 3 pratos principais, um por cabeça, a saber: Entrecosto com migas – os troços de carne de porco nada estaladiços, com o interior da carne rosado a vermelho, o que não é indicado, sobretudo neste tipo de confecção do porco. As migas estavam saborosas. Foi uma desilusão.
Bacalhau com alcaparras – cumpriu a sua missão.
Arroz de línguas – estavam estas salgadíssimas; o arroz escorredio, como manda a lei.
De sobremesa, uma desinteressante encharcada, com o ponto de açúcar muito aguado. A sopa dourada, essa estava superior.
Beberam-se duas garrafas de vinho que importaram em 60 euros e a conta que veio para mesa alcançou os 280 euros, francamente caro, mesmo tendo em conta a quantidade de entradas, sobretudo porque a comida não estava à altura desses números. Tive pena que uma casa onde sempre se comeu bem e onde nós entraos habitualmente com grandes exectativas apresentasse uma refeição que desiludiu os três comensais.