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Conversas à Mesa

COMPRAR PORTUGUÊS

 

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Enquanto estamos em casa, aproveitemos para fazer uma alimentação saudável, ao mesmo tempo que compramos produtos portugueses e ajudamos a economia nacional. O peixe da nossa costa é um dos melhores produtos que por cá temos. Eu sei que o nosso peixe selvagem é caro, mas com a redução da procura aqui e no estrangeiro, para onde a sua maior parte é exportada, o seu preço baixou um pouco. 

Todos nos entretemos a cozinhar em casa, para fazer face a este isolamento que nos deixa mais algum tempo em mãos. É óptimo fazer pão e bolos, mas melhor ainda é cozinhar alimentos saudáveis, proteína saborisíssima como a do nosso peixe. E quando isto acabar talvez não tenhamos de deitar as paredes abaixo para sairmos de casa, por não cabermos nas port

agora que não gastamos dinheiro a comer fora, aproveitemos para nos deliciarmos com um bom peixe português. Nem sequer é preciso sairmos de casa, o PEIXE À PORTA vem trazer-nos os tesouros do nosso mar a casa. eu sou cliente assídua dos vários cabazes que têm, com preços para todas as bolsas. e até há um cabaz chamado Sem Espinhas, que traz o peixe já filetado, junto com o que dele sobra, para podermos fazer caldos. o cabaz denominado Marisquinho é um dos meus favoritos: traz uma sapateira, berbigão, mexilhão e camarão da costa. 

Para ocasiões muito especiais, há também outro tipo de marisco mais dispendioso, como a lagosta. 

Veja tudo no site do Peixe à Porta:  http://www.peixeaporta.pt/

Esta é um empreendimento do pedro Bastos, da Nutrifresco. esta empresa trabalhava essencialmente com restaurantes e revonverteu-se para as entregas em casa, vem tudo impecavelmente acondicionado. 

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O SR. PRUDÊNCIO E O COVID

https://youtu.be/m1VLFddxw84

 

Há pouco tempo, falando dos bons princípios e etiqueta necessários para esta e outras fases de relação com o Covid19, um amigo de juventude lembrou-me de uma campanha televisiva do início da década de 1970, a Família Prudêncio.

Temos andado um pouco desorientados. Puseram-nos em reclusão, mas deixaram-nos órfãos com a questão das máscaras, as tais que davam uma falsa sensação de segurança. Tal como o cinto de segurança e o airbag nos carros (e se formos a 200, será que se aguentam), ou os preservativos ( e se rebentam?)...Agora já são completamente necessárias, mas as pessoas não o interiorizaram, como é bem visível nos supermercados.

Fazem-nos falta orientações seguras para este período difícil e arriscado que parece avizinhar-se do alívio do estado de emergência. Não vai haver leis que consigam balizar este novo período. O que vai ser preciso que haja é orientações prudentes. Para o nosso dia a dia, por favor a quem de direito acabe com a desorientação e rompa o silêncio para podermos ser prudentes como a família Prudêncio. Entre vários anúncios que passavam na RTP 1 a preto e branco, havia um dedicado às boas práticas para a aplicação dos pesticidas. O Sr. Prudêncio, chefe da família, «Usa vestuário protector e Não come, não bebe e não fuma quando prepara e aplica os pesticidas.»

Senhores responsáveis, dêem-nos orientações e façam campanhas seguras. Repitam-nas sem hesitações até que nos entrem bem na cabeça. Bem precisamos delas. E o vintage até está na moda.

 

 

 

 

 

 

A IDA AO SUPERMERCADO

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É das única actividades a que tenho direito, a par das idas à farmácia, ao lixo e a caminhar. E é uma carga de trabalhos.

Acho que estou a ficar paranóica com as poucas saídas de casa que faço. Não serei caso único. Assim que ponho o pé fora, parece que saí da rede electrificada do Parque Jurássico para a natureza cruel. Tento encara estas saídas com uma espécie de método cirúrgico, tipo  Anatomia de Grey. Sabem quando o XXX entra na sala de operações?  A lavagem das mãos, o abrir da porta com as costas, o tirar das luvas para o caixote do lixo que se abre com o pé, enfim uma série de gestos meticulosamente ensaiados que conduzem à esterilização total. A única semelhança da série com a vida real é que também consigo transformar a ida ao supermercado num drama.

Se há bicha, é um tormento. A malta mede-se de alto a baixo enquanto espera à distancia de um metro, que sabemos perfeitamente não resolve nada, sobretudo se o vizinho da frente estiver a gritar ao telefone e a cuspir montes de partículas peçonhentas de cuspo, levando eventualmente a passageiros as criaturinhas virólicas. Depois de lá estar dentro,  espanto-me sempre com a quantidade de gente que lá metem e como estamos constantemente a cruzar-nos ombro a ombro. Mas o que mais me assusta é a quantidade de gente que ainda encontro sem máscara. Nem sequer um lenço a tapar a boca. Ergo, a lançarem partículas de cuspo sobre toda a mercadoria, parte da qual eu irei levar para o santuário covidfree de minha casa. Eu lá deambulo de luvas e máscara. O meu dilema é «Compro muitas coisas e depois tenho uma trabalheira em casa a desinfectar aquilo tudo? Ou compro pouca coisa e tenho de voltar novamente passados alguns dias?». Levo sempre mais do que queria. Depois, à saída, começa a palhaçada. Para pagar meto as mãos com as luvas sujas dentro da carteira. Entro no carro, tiro as luvas para pegar no volante? E depois quando sair do carro, como pego nos sacos supostamente contaminados?

Criei na minha varanda uma zona de sujos, onde certas coisas podem fazer a quarentena. Para lá vão os sacos todos. Mas há coisas que têm de ser guardadas, frigorificadas. Começo a tirar embalagens plásticas e a borrifá-las com uma solução de lixívia. Tento tirar as coisas de dentro das embalagens de cartão, que não podem ser borrifadas. Abro as caixas e atiro os conteúdos para cima de uma mesa. Com as luvas postas. Atiro os cartões fora e venho lavar as mãos. E assim passo uma tarde inteira, de total paranoia, a arrumar a meia dúzia de tralhas que comprei. Sem nunca conseguir fazer dois movimentos seguidos à la Anatomia de Grey. Estou mesmo a ficar paranóica.

FELIZ PÁSCOA 2020

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Este ano a Páscoa vai ser diferente para muitos, aqueles que, como eu, estão sozinhos em isolamento. Mas vai ser Páscoa à mesma. Jesus não ficará em isolamento na gruta e ressuscitará como todos os anos.

Quem tem crianças, é a época ideal para começar a fazer uns trabalhos manuais. Não se esqueça de pôr um plástico no chão e vestir as crianças com roupa que se possa sujar à vontade. Os ovos cozidos e coloridos com corantes naturais provenientes de legumes são fáceis e divertidos e saudáveis e ainda se aproveitam para uma salada.

https://conversasamesa.blogs.sapo.pt/ovos-e-comeres-da-pascoa-157514

 

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Outra ideia fantástica é enfeitar ovos cozidos com carimbos de borracha: quem tem crianças, tem destes carimbos em casa. Na falta deles, também pode usar marcadores. Opte pelos ovos simples ou use como base para pintar os ovos coloridos com os corantes alimentares.

 

E, no que respeita à comidinha, há que providenciar que ela esteja na mesa com roupagens de festa.

O folar de carnes à moda de Trás-os-Montes nunca falta em minha casa. Foi a minha avó quem me ensinou a fazê-lo. Não tem dificuldade, mas precisa de tempo e de calma. https://conversasamesa.blogs.sapo.pt/39590.html 

 

 

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Para quem não prescinde do cabrito ou do borrego, aqui fica uma variante mais indicada para mesas pequenas, às quais traz um toque de  exotismo, uma tagine marroquina. https://conversasamesa.blogs.sapo.pt/34089.html

 

 

 

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