O SR. PRUDÊNCIO E O COVID
Há pouco tempo, falando dos bons princípios e etiqueta necessários para esta e outras fases de relação com o Covid19, um amigo de juventude lembrou-me de uma campanha televisiva do início da década de 1970, a Família Prudêncio.
Temos andado um pouco desorientados. Puseram-nos em reclusão, mas deixaram-nos órfãos com a questão das máscaras, as tais que davam uma falsa sensação de segurança. Tal como o cinto de segurança e o airbag nos carros (e se formos a 200, será que se aguentam), ou os preservativos ( e se rebentam?)...Agora já são completamente necessárias, mas as pessoas não o interiorizaram, como é bem visível nos supermercados.
Fazem-nos falta orientações seguras para este período difícil e arriscado que parece avizinhar-se do alívio do estado de emergência. Não vai haver leis que consigam balizar este novo período. O que vai ser preciso que haja é orientações prudentes. Para o nosso dia a dia, por favor a quem de direito acabe com a desorientação e rompa o silêncio para podermos ser prudentes como a família Prudêncio. Entre vários anúncios que passavam na RTP 1 a preto e branco, havia um dedicado às boas práticas para a aplicação dos pesticidas. O Sr. Prudêncio, chefe da família, «Usa vestuário protector e Não come, não bebe e não fuma quando prepara e aplica os pesticidas.»
Senhores responsáveis, dêem-nos orientações e façam campanhas seguras. Repitam-nas sem hesitações até que nos entrem bem na cabeça. Bem precisamos delas. E o vintage até está na moda.