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Conversas à Mesa

ESCAPADINHA EM BELMONTE

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Belmonte fica a umas poucas centenas de metros de altitude, mas o que lhe dá algum ar de vila de montanha são as casas de pedra e o constante subir e descer das ruas. As casas de pedra fazem as visitas destas aldeias históricas valer a pena, sobretudo as que têm blocos lisos e retangulares como se fossem uma construção de legos em pedra. 

O ponto mais alto é o castelo com belas vistas para a planície e serra. Data do século XIII e foi obra do rei Afonso III. E uma das 12 aldeias históricas situadas muito perto uma das outras. Como queríamos ver algumas resolvemos avançar 3 noites aqui e ir viajando para as outras. Ficamos no hotel Sinai Belmonte que serviu perfeitamente o desejado. Boa cama, bons atoalhados e lençóis, serviço muito cortês e um restaurante com bom pequeno-almoço e uma sopa, tostas e omeletes à noite. Bela situação a 10 minutos a pé do castelo. Tudo se passa nessa rua que vem do hotel até ao castelo. A dois minutos fica um óptimo café em frente à câmara municipal , onde deve provar o bolo de Belmonte, com mel e frutos secos, mas muito leve. 

Para visitar, há vários locais: o castelo, para começar, depois diversas capelas e igrejas, nomeadamente a igreja de Santiago onde se encontram as cinzas de Pedro Álvares Cabral, cuja família é de Belmonte, onde também existe o solar onde morava a família. Tudo isto se pode ver. Um passeio na Judiaria, onde se podem ver casas do século XVI e a sinagoga de construção recente, e o Museu Judaico são visitas comoventes. Aconselho  a que comece no museu. Há um bilhete coletivo para todas estas visitas que fica bem mais barato e que ainda inclui o museu do azeite (com interesse para quem nunca visitou um lagar) e o Museu das Descobertas (não cheguei a visitar). 

Poirém, a graça do belmonte erstá nos detalhes. Para nos darmos conta deles basta faezr uma caminhada pela Judiaria e pela parte antiga da vila, pelas ruelas estreitas e pelas pedras velhas. 

 

Rádio Judaica News

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Comer em Belmonte não é tarefa fácil. A Casa do Castelo não vale a pena, a menos que não haja mesmo outra opção. Comi lá uma alheira e um pernil que não justificam a ida. No outro dia tentei tudo: o Altitude estava fechado embora na net estivesse aberto. Tentámos mais dois ou três mas tudo fechado. O único que não tentamos fia Pousada porque requeria pegar no carro.  Para além da falta de usares de interesse para comer aviso ainda  que no sábado o turismo esteve sempre fechado embora no horário dissesse que estar aberto e que as capelas E uma igreja estavam fechadas também. 

 

Bebi um óptimo branco o 2.5 agora chamado Marques de Belmonte. Além dos restaurantes, está a venda no ex Minipreço atual Auchan mesmo ao lado do hotel.  Juntamente com o bolo de Belmonte foram as duas coisas mais interessantes que encontrei na região do ponto de vista gastronómico. 

 

 

IMG_5674.jpgA não perder a loja de velharia A ARTE DO TEMPO, onde há uma colecção fantástica de Tintins de todos os tamanhos.

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Vinho 2.5

 

 

 

 

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Belmonte até tem uma cabine telefónica onde o Super Homem troca de roupa

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O tamanho dos calhaus de granito é impressiuonante, e estão por todo o lado.

TARTE TATIN DE LEGUMES

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Às vezes dou por mim a fazer scroll e,claro, só me aparecem coisas de comida porque são as que abro. Já não aparecem receitas para fazer em 15 minutos ou menos, agora a moda é a escassez de ingredientes. Só com 3 ingredientes é maravilha, mas também os há com 2. Os millennials confundem-se com tudo o que tenha mais de uma mão de produtos porque não os têm em casa, já que a comida vem habitualmente no interior daqueles bafientos sacos amarelos ou verdes que viajam de motorizada. Numa dessas sessões de scroll encontrei esta receita que resolvi fazer e em boa hora. É una espécie de tarte tatin de legumes, em que o conduto, no caso vertente beringelas, curgete a e tomate vão em baixo e são posteriormente agasalhados num cobertor de massa folhada. O que dá mais trabalho é saltear os legumes na frigideira, mas talvez no forno seja mais rápido e fácil. Aqui fica a receita com algumas adaptações. 

 

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RECEITA

1 beringela grande

2 curgetes 

3 tomates de cacho grandes 

azeite 

Para a pasta 

 

100 g de queijo feta 1 bola grande de mozarela 

9 ou 10 folhas de manjericão 

um fio de azeite

sal e pimenta 

 

1 massa folhada redonda de preferência com manteiga 

 

Cortam-se os 3 legumes em fatias finas (com uma mandolina, se tiver). Para saltear a beringela e a curgete pode colocar as rodelas no forno e cobrir com um fio de azeite, virando-as a meio, ou aquecer azeite numa frigideira grande e salteá-las. Este passo é essencial, embora dê algum trabalho. 

Em seguida, coloque um papem vegetal a forrar o tabuleiro do forno e faça círculos alternando as rodelas de beringela, de curgete e de tomate. O primeiro círculo tem de ficar bonito e arrumado porque será o visível. 

Entretanto, no liquidificador, no 123 ou na bimby bolo que todos os ingredientes da pasta e um fio de azeite.

Pré-aqueça o forno a 180•C. 

 Abra a folha de massa folhada, sobre o papel vegetal onde vem enrolada e cubra com a pasta de queijos, deixando livre 2 cm da borda. Com cuidado, vire o papel vegetal com a massa e a pasta sobre os legumes. Veja se está bem centrado e retire o papel vegetal de cima. Dobre as pontas da massa para dentro, para aconchegar o recheio. Pique toda a massa com um garfo, para esta não inchar. 

 

Leve ao forno cerca de 20 minutos, ou até a massa folhada estar dourada. Retire e vire ao contrário sobre um prato de serviço, deixando os legumes para cima. Sirva quente. Pode também abrir uma burrata sobre os legumes quentes e regar com sal e um fio de azeite ou espalhar um pouco de pesto. Pode também servir com salada verde ou como acompanhamento. 

 

JANTAR VÍNICO NO HOTEL PALÁCIO COM QUINTA DA VINEADOURO

 

 

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Nas últimas sextas-feiras do mês, o hotel Palácio promove os seus jantares vínicos com reputados produtores. O local é a Sala Tropical, um local maravilhoso do hotel cujas paredes ostentam um fabuloso trompe l’oeil de paisagens tropicais. A compridíssima mesa, que acomoda cerca de 30 pessoas, está sempre muito bem decorada e brilha com os vários copos de diversos feitios onde se acomodarão os vinhos, e com os inumeráveis conjuntos de talheres prontos a servir uma refeição de degustação. Os pratos são pensados em função dos vinhos, mas brilham tanto quanto estes. A experiência da harmonização é sempre magia porque nos permite ver como a combinação da comida e do vinho muda uma e outro. No ambiente do Hotel Palácio, tudo se transmuta e ganha brilho e refinamento, e uma noite de comida excepcional e de vinhos de grande nível ganha uma dimensão mágica. 

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Com a produtora Teresa Lacerda, da Quinta da Vineadouro

 

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A mesa dos vinhos na Sala Tropical do Hotel Palácio

Desta vez o produtor convidado, foi a Quinta da Vineadouro, situada perto da aldeia do Numão. Esta quinta está nas mãos da mesma família, desde o séc. XVIII, sendo os atuais proprietários Cristina, Carlos, Teresa, Joana, Filipa, Inês e Diogo. A família Lacerda foi. represntada pela mãe, Teresa, e por duas das 3 filhas (trigémeas), a Joana e a Inês. desde 2014 a quinta tem sido recuperado, temdo também um wine hotel. 

 

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A dedicação e o amor de mãe e filhas pela quinta é bem visível  nas suas palavras. 

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O chef executivo do palácio, Hugo Silva

 

 

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O chef pasteleiro, Michael  Rocha

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O chefe de sala, Almar Alkhait apresenta os vinhos do jantar

 

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A festa começa no lobby com welcome drink e música ao vivo. 

 

O JANTAR

 

VINEADOURO VINHAS ANTIGAS BRANCO, proveniente de uma única parcela centenária, a Coitadinha,  com várias castas de vinhas antigas: Síria, Folgazão, Gouveio, Trincadeira Branca, Malvasia Fina, Malvasia Rei, Rabigato e Carrega Branco, todas castas antigas do Douro. A sua acidez complementa a textura e a cremosidade da ostra, exibindo sabores intensos.

AGUACHILE DE OSTRA: muito discretamente inspirada no tempero deste prato sul-america, deixa brilhar completamente o sabor marinho da ostra.

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VINEADOURO SPECIAL EDITION (branco): edição especioal de 2000 garrafas produzida com um blend das melhores uvas de várias castas e várias parcelas escolhidas a dedo: Rabigato, Gouveio e Síria. A sua frescura faz frente ao puré de aipo, de sabor mais terroso.

VIEIRAS MARINADAS EM AZEITE BIO DOP DO NORTE ALENTEJANO AROMATIZADO COM LIMÃO IGP DO ALGARVE E GENGIBRE, PURÉ DE AIPO.

 

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VINEADOURO CLARETE  Homenagem à antiga maneira de fazer o vinho em que as diferentes uvas creciam juntas na mesma parcela e vinificavam juntas também. Castas : antigas do Douro: Síria, Rabigato, Bastardo, Rufete, Casculho e Marufo. O sabor vivo e intenso faz juz ao escabeche.
ESCABECHE DE COELHO COM RABANADA FUMADA: grande entrada muito equilibrada com a doçura do brioche  a combinar com o avinagrado do coelho. A minha harmonização favorita.

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VINEADOURO VINHAS ANTIGAS TINTO

Uvas provenientes da mesma parcela centenária de 7 diferentes castas: Bastardo, Casculho, Cornifesto, Malvasia Preta, Moreto, Rufete e Touriga Franca. Vinho cujo sabor se prolonga na boca para envolver o BACALHAU ASSADO COM BROA, ABÓBORA E AMÊNDOA TORRADA. Este foi o meu prato favorito de toda a refeição, com a doçura abóbora em quadradinhos al dente a contrastar com o sal e a textura do gadídeo. Combinação improvável, outonal e perfeita.

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VINEADOURO MARUFO 2021  Vinho da casta ancestral Marufo que enriqueceu o prato de carne como se fossem só um devido à boa combinação dos sabores a frutos vermelhos com a carne.
BIFE DO LOMBO RAÇA "MERTOLENGA" COM ESPUMA DE BATATA FUMADA E ESPARREGADO DE LAVAGANTE. Um terra mar interessante pela forma como o lavagante é introduzido no esparregado.

 

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VINEADOURO RESERVA TINTO Blend de Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz, as 3 castas mais comuns no Douro. Notas de madeira da barraica de carvalho frances on de estagioun 1 ano. Como tem pouca adstringencia e taninos e alguma frescura consegue superar o desafio da combinação com os ovos do pao-de-ló.
PÃO-DE-LÓ DE OVAR, QUEIJO TI JOAQUINA, GELADO DE CRÈME FRAÎCHE E LARANJA


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TRILOGIA DE PETIT FOURS (Trufa, Dom Rodrigo, Toucinho do céu)

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