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Conversas à Mesa

Coração Paulista

 

 

 

 

 

 

Nos meus tempos de juventude (meados dos anos 70), emigrei, por força das circunstâncias, para o Rio e depois para São Paulo. Aqui vivi na R. Maranhão, num bairro chamado Higienópolis, cujo nome sempre me lembrou o título de um romance de ficção científica de Aldous Huxley. Gostei muito do ambiente da cidade e é sempre com muito gosto que aqui regresso. Lembro-me que foi neste bairro que tive o meu primeiro contacto com produtos exóticos, numa mercearia de japoneses. Nos anos 70, em Portugal, aipo e funcho eram já sinónimo de cosmopolitismo, imaginem então como era ir às compras com a minha mãe, uma mente eternamente curiosa, e trazer para casa couves, raízes e tubérculos com nomes estranhíssimos e usos totalmente desconhecidos. São Paulo sempre foi cidade de muita vida social, de muitos almoços e jantares com amigos. Enfim, ao contrário do Rio, que não me deixou grandes recordações, São Paulo ficou sempre no meu  coração.

Cheguei hoje de manhã com uma tempestade de raios e coriscos. Em frente do hotel onde estou hospedada caiu um raio com um grandíssimo estoiro, mas à hora do almoço o sol abriu e surgiu um tempo de sonho, que aproveitei  para passear a pé aqui pelas redondezas do Jardim Paulista.




 

 




 


 

 



Primeira paragem, o Pão de Queijo, não podia deixar de ser. Esta minúscula casinha da R. Haddock Lobo 1048 tem 43 anos de idade e faz o melhor pão de queijo e tem os melhores quindins de São Paulo. A casa é minúscula, apenas há um banco para 3 pessoas se sentarem, mas está sempre cheia de gente do bairro.




 

 





A variedade é quase rtão diminuta quanto o espaço, mas a qualidade, excepcional. Vendem a massa de pão de queijo fresca ou congelada para levar para casa. Aqui estive à conversa com o Senhor Óscar que aqui trabalha am instituição há mais de 40 anos. Queria saber qual é o melhor azeite português e se os pastéis de Belém são tão bons como dizem. Da próxima vez que cá voltar trago-lhe os famosos pastéis, ficou prometido. Comecei com uma empadinha de queijo, depois um pão de queijo e para fechar um quindim. Bom, no fim ainda acabei por comer um bom bocado de coco com um óptimo café, cortesia do sr. Óscar. 




 

Em seguida, passeio pela Óscar Freire, onde há um conjunto de bonitas lojas de marcas, agradáveis para se ver, já que tudo está caríssimo para o nosso paupérrimo euro. uma loja de modelos experimentais da Citroen com um pequeno restaurante chamou a minha atenção.













 

 



Depois não resisti a entrar na Melissa, instalada numa moderna galeria inspirada pela Lego, e acabei por sair de lá com este par de chinelas, vendidas pela miúda mais gira da cidade.  

 

 

 

 

 






Na Óscar Freire, vi a loja do Melhor Bolo de Chocolate do Mundo e aqui fica a minha homenagem ao Carlos Brás Lopes, pelo seu empreendedorismo com esta foto.




 

 






Bom mas não foi o único motivo de orgulho que tive em ser portuga. Comprei uma série de revistas de gastronomia e quando abro a primeira, que se chama justamente Gastronomia e é de grande qualidade, o que vejo? Uma grande e elogiosa entrevista ao José Avillez.

E já agora mais um: um dos melhores supermercados paulistas, o Santa Luzia, é propriedade de uns patrícios de Figueiró dos Vinhos, terra de que muito gosto. 



 

 




 

Um gigantesco pannetone por cerca de 400 euros





 

 




 

Na esquina da Óscar Freire com a Rio Preto, a Santo Grão é um must para descansar a perna e beber um bom café ou sucos ligeiros e saborosos, sem açucares. 



 

 


 

 

Agora estou a preparar-me para ir jantar, mas ainda não decidi onde. A oferta é imensa. Até amanhã. 

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