A BOLA DE BERLIM CASA COM O PUDIM DO ABADE
Esta é a bola de Berlim perfeita. Como tudo o que sai das mãos de Miguel Oliveira tem génio e rigor, sabor e técnica apurada, muita investigação e consistência. A massa em si é perfeita: respeita o tempo necessário para que levede calmamente, com todo o tempo necessário. O que acontece com as bolas feitas com misturas industriais que reduzem ou cortam o tempo de levedação é que acabam por levedar no nosso estômago…a consistência é a desejada, macia mas sem acachapar à primeira dentada. Os óleos da fritura são impecáveis e não pesam sobre a bola. Fazem o seu trabalho mas não deixam rasto. Até a quantidade de açúcar da periferia é a desejável.
Além de nos oferecer a bola perfeita, Miguel Oliveira dá-nos o extraordinário recheio de creme de pudim abade de priscos. É introduzido no centro, deixando uma pequena amostra na parte de cima que irresistivelmente é a primeira coisa a saborear. O subtil perfume do vinho do porto faz-se logo sentir.
É provavelmente a melhor bola de berlim do mundo.
Se ficaram com vontade de provar, basta irem a Campo de Ourique, a R. 4 de Infantaria 75, mas liguem a perguntar se ainda há…