CAFÉ DA ETIÓPIA
A região de Yirgacheffe desenrola-se nas terras altas do Sudoeste da Etiópia, em altitudes de cerca de 2000 metros. Era aqui que dançavam as cabriolentas cabras do pastor Kaldi, depois de comerem as bagas vermelhas de uma planta, o cafeeiro. Os monges dos mosteiros em redor rapidamente transformaram estes grãos em infusões que os ajudavam nas vigílias de oração. Yirgacheffe é o berço do café. O Arabica desta zona é de intensidade (corpo) média e extremamente suave e aromático. De doçura extrema, mas com agradabilíssima acidez, apresenta aromas frutados (fritos vermelhos) e cítricos. A torra acima do médio puxa-lhe notas de avelã torrada. Estou a relaxar com uma chávena de Yirgacheffe Aricha, que trouxe da Noruega, onde 250 g custaram cerca de 9 euros. Caro, sem dúvida, mas bastam 20 g para 2 boas chávenas de café. Acho que é um dos primeiros cafés a provar por quem se quer iniciar nestas artes, numa máquina de eléctrica ou na Chemex.