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Conversas à Mesa

CHOCOLATE DA ROÇA

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A Diogo Vaz era uma das roças pertencentes ao megagrupo Sociedade Agrícola Valle-Flôr, cujo proprietário habitava o actual Palácio Valle-Flôr, hoje propriedade do grupo Pestana e transformado em hotel. Situada no Nordeste da ilha de S. Tomé , tinha uma dimensão importante, com os seus mais de 420 hectares. Nasceu em 1880, na crista da onda do ciclo santomense do cacau. Cerca de trinta anos depois, Portugal, através da colónia de S. Tomé, a chamada Ilha do Cacau, tornava-se o maior produtor mundial de cacau, considerado de grande qualidade, fino. A grande maior parte da produção baseava-se na cultivar Amelonado, classificada no grupo dos Forastero e vinda do Brasil. Os Espanhóis chamaram Forastero a estas variedades por serem forasteiras, isto é, não nativas da parte da América do Sul por eles colonizada, onde a variedade predominante era, e é, o Criollo.

 

Hoje, após um quase total abandono do cultivo do cacaueiro, o arquipélago começa a despertar para se tornar novamente símbolo do cacau de qualidade. O pioneiro foi Claudio Corallo, com uma roça na ilha do Príncipe e um atelier/fábrica na cidade de S. Tomé. Outros se lhe seguiram. Em 2014, um francês remodelou completamente a roça Diogo Vaz. Em 2016, o chocolate da Diogo Vaz ganhou o prémio de Melhor Tablete do Mundo no Salon du Chocolat, em Paris, pela mão de Olivier Casenave, chocolatier francês e director técnico da empresa. Em 2018, ingressou no prestigiado Culinary College of France.

A Diogo Vaz tem loja em Mont Marsan, de onde era originário o proprietário, em S. Tomé e em Lisboa, embora esta última esteja encerrada temporariamente.

O cacau da Diogo Vaz é biológico e de grande qualidade. Eu gostei especialmente desta tablete de Amelonado Bio, de sabor complexo mas suave, com 55% de cacau. Se quiserem experimentar, pode encomendar na loja do site: https://www.diogovaz.pt/shop

 

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