MARÉ DO GUINCHO

https://youtu.be/ONmPi0jzs0Q?si=NgaOnDMlnnJiRNUw

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O Maré é a versão marinha de José Avillez. É uma construção toda de raiz que se ergueu sobre a ruína do antigo Raio Verde, que há anos estava fechado. De arquitectura leve e cheia de luz, a casa encerra algumas obras de arte ligadas ao mar, nomeadamente o painel de azulejos do fundo do mar e a raia gigante em madeira que paira no alto. Mas a minha obra de arte favorita é a montra de peixe e marisco, algum da nossa costa, outro de diferentes mares e o verdadeiro artista ali é o chef Filipe Pina, que ainda trabalhou com Aimé Barroyer, e que já está no grupo Avillez há um tempo.

Tudo o que comi, desde os os carabineiros às lulas, passando pelas amêijoas e pelas ovas de bacalhau tinha grande qualidade, sabor e pontos de cozedura perfeitos.

O Maré não tem o ADN dos restaurantes do Guincho, tirando o facto da importância dos produtos do mar. Um olhar à carta revela antes uma coleção de itens emblemáticos da restauração Avillez, nomeadamente os cornetos, os croquetes, ou o bacalhau à Brás. Boas aquisições para o local são os crus de peixe e marisco. No espírito mais cervejaria, há os bifes e bitoques. Acho que definitivamente fazem falta uns filetes, uma constante em todos os restaurantes guincheiros. Tinha curiosidade de ver o que o Maré conseguia trazer para este prato icónico da costa. Para mim, os melhores filetes continuam a ser os do Beira-mar, no centro de Cascais e que dão 10 a 0 a todos os outros.

Se resolver ir experimentar, prepare-se para os preços: o PVP do pregado estava a mais de 120 euros o quilo no dia em que la fui. Os pratos são a mais de 30 euros, com o bitoque a 31,50. o Prato do mar para 2 pax custa 145 euros.

Não escrevo mais porque tive a sorte de ir com o Mário Cerdeira que fez videos onde tudo se explica, e fotos fantásticas. E uma imagem vale mais de mil palavras, dizem.

No couvert faziam falta as nossas clássicas torradinhas com manteiga, tão boas para acompanhar as amêijoas e o marisco.

A minha entrada favorita, o escabche de ovas de bacalhau. Sabor e cremosidade. Não deixe. de experimentar.

Os cornetos, desta vez recheados com corvina.

Croquetes com mostarda de dijon e cebola-roxa.

Atum, pinhões e caviar, um cru bem esgalhado pelo chef filiupe Pina, em que o fumado dos pinhões entra na doçura do atum espevitado pelo salgado do caviar.

O Prato do Mar para 2 pessoas: carabineiros, corvina, lulas e amêijoas à Bulhão Pato. As lulas deram-me um prazer superior ao dos carabineiros enquanto as amêijoas eram carnudas, grandes e o bulhão pato muito bom. A corvina em ponto de cozedura perfeito.

Os acompanhamentos são um bom ponto a favor do Maré: em vez daquelas omnipresentes batatas, um xerém, uma açorda de camarão e uma refrescante mistura de bimis, esprgos, ervilhas-tortas e espinafres. cada pessoa escolhe o acompanhamento, pago à parte.