O CIRCO DO PÃO
Cada vez é mais dificil encontrar bom pão em Lisboa, apesar de tanta boutique do mesmo. Há-o com sementes de papoila, bagas de goji, espelta, nozes e uma variedade de outras coisas que parecem ter saído da pá do lixo depois de varrida a cozinha. Ou então os pães congelados, iguailitos em todo o lado, que uma hora depois de cozidos ficam emborrachados e sem sabor. Mas um bom pão de trigo, para fazer sanduíches ou para torradas, é mais raro que o lince da serra da Malcata.
O meu pequeno-almoço continua inalterado desde sempre e consiste em torradas com manteiga e café, uma boa peça de fruta e um sumo de laranja. Não aprecio as tigelas de cereais, os keffirs, nem nada que seja doce. não me deixo tentar por buffets de hotel. Abro uma excepção nos EUA, para as panquecas, enquanto ainda tenho as horas trocadas, é tudo.
Sou muito exigente com o pão. Gosto dele integral, mas também branco, sobretudo se for alentejano e tiver aquela densidade ideal para as torradas. Em muito lado se vende o pão mascarado de alentejano, como este do Corte Inglès, cheio de buracos e de textura leve, o oposto do orgiin, sem nada do original. Deixem de o vender com o nome de alentejano. Não nos enganem.
Se passarem no Torrão, não deixem de ir à padaria e abasteçam-se com vários pães de cabeça. As indicações estão aqui no blog.